Furacões e brisas
Escravo em uma prisão de carne
sinto que os dias se tornam mais curtos
e as memórias aumentam
palavras se tornam flechas
escacez de pensamentos
ainda por dizer o que penso
a dor é permanente
inútil aos olhos externos
que julgam e mal dizem pelas paredes
e me visto de palavras e letras
tortas
retas e oblíquas
veja, veja
o sol ainda nasce
e brilha nas vistas de quem mais dúvida
beije e abrace
é manhã de primavera
e os pássaros cantam
suco de laranja
torradas e queijos
e vendo os olhos daqueles que haveram de ser meus
toda a infelicidade vai embora
e me alegro de ti